Nuvem
Gianellina!
[...] estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas...
[...] tendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da
nossa fé. (cfr. Hb 12,1-2)
No dia 21 de outubro de 1951, a Igreja Católica
canonizou Antônio Gianelli, atestando sua santidade e propondo sua vida como
exemplo no seguimento de Jesus.
Na
fé cristã, importa seguir a Jesus e viver o seu Evangelho, mas as pessoas que
estão nesse caminho de seguimento servem de incentivo e ajuda. Se formos
atentos, perceberemos que “estamos rodeados por uma grande nuvem de
testemunhas” da prática do Evangelho.
Hoje
destacamos uma dessas pessoas: Santo
Antônio Gianelli, missionário, fundador do Instituto das Filhas de Maria
SS. do Horto. Como no Decreto de sua canonização, ele foi apresentado como o “Santo do cotidiano”, serve
de exemplo para todos nós, pois é no ordinário da vida que professamos nossa fé
e vivemos a missão evangelizadora.
A
vocês, membros da Família Gianellina, proponho uma reflexão na Festa do nosso
Santo. Aproveito ideias de uma grande Gianellina, Madre Antônia Zanin, divulgadas em seu livro “A Pastoral de S. Antônio Gianelli na Diocese de Bobbio, 1838-1846”:
- Gianelli
tinha a coragem da verdade aliada a uma grande fraternidade pastoral.
Recomendava aos missionários que seu falar fosse claro, fácil de
compreender, popular, mas digno, ordenado e correto, sempre baseado na
Sagrada Doutrina.
- Conhecedor das “Obras de misericórdia” sugere alguns gestos concretos de Caridade
operativa: saudar as pessoas, falar sem arrogância, não negar um favor,
dar um bom conselho e uma ajuda, visitar doentes, socorrer necessitados e
pobres, defender caluniados.
- Ele
dava às palavras um ‘colorido afetivo’: pregava com habilidade e unção,
falava com o coração; todos compreendiam o que ele dizia. Não usava
palavras rebuscadas na retórica, mas falava com liberdade evangélica. Não
improvisava, mas preparava bem o que ia falar ao povo.
- Gianelli
era um contemplativo na sua ininterrupta ação pastoral. Fazia pastoral com
a palavra, o exemplo e os escritos.
- Praticava
a verdadeira ‘paternidade na fé’: mesmo agindo como juiz, mestre ou
pastor, tratava as pessoas como ‘filhos’. A estima e o amor pela pessoa se
traduz em atenção constante, delicada e operativa a todas as formas de
pobreza e às diferentes formas de promoção humana.
- Dizia
que fazer bem as ações ordinárias é suficiente para fazer-se santo. É
próprio de uma vida evangélica a fidelidade às ações comuns do cotidiano.
- Inculcava
dois assuntos aos missionários para que falassem ao povo: a misericórdia
de Deus e a devoção a Maria. Dizia que o bom missionário não abandona os
Jovens, mas os procura até em casa, tenta aproximar-se deles, fazer-se
amigo e oferecer-se para instruí-los sobre a vida cristã, até
individualmente.
- A
vivacidade e perspicácia de Gianelli são a prova de que um Santo não
renuncia às características positivas de sua natureza humana. Não há
Santos reprimidos, ‘embalsamados’ ou ‘colados numa estampa’. A santidade
nos faz os mais vivos entre os vivos.
- Observando
a intensa atividade de Gianelli, constatava-se que “as pessoas mais
ocupadas são as que encontram tempo para tudo”.
- Gianelli queria seu povo não apenas ‘ animado de uma grande fé’, mas ‘apóstolo da fé’, como os Magos (cf. Mt 2). Ele mesmo tinha dentro de si um “fogo missionário” que precisava se expandir, por isso foi chamado de “Santo de fogo”.
Sendo
“rodeados por uma grande nuvem de testemunhas”, certamente encontramos muitas
pessoas que vivem uma espiritualidade parecida com a de Gianelli e de outros
Santos e Santas, porque é inspirada no Evangelho e vivida no cotidiano.
Festejando
nosso Santo, continuemos trilhando o caminho da santidade, escrevendo uma bela
história com a nossa letra, as tintas da misericórdia e o espírito missionário
de Gianelli, sempre “de olhos fixos em Jesus”. Assim, estaremos juntos grande Nuvem Gianellina!
Abraços
e votos de boa festa!
Neiva Moresco, fmh
Obrigada, Ir. Neiva! Nosso fogo sempre presente em seus artigos e comentários. Lindos e missionários os pensamentos publicados! Vamos aproveitar.
ResponderExcluirObrigada por me fazer admirar cada vez mais Santo Antônio Gianelli e querer cda vez mais vivenciar o Carisma: " Caridade evangélica vigilante"
ResponderExcluirObrigada por me fazer admirar cada vez mais Santo Antônio Gianelli e querer cda vez mais vivenciar o Carisma: " Caridade evangélica vigilante"
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