quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Família Gianellina em Festa!

Nuvem Gianellina!

[...] estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas...
[...] tendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. (cfr. Hb 12,1-2)


No dia 21 de outubro de 1951, a Igreja Católica canonizou Antônio Gianelli, atestando sua santidade e propondo sua vida como exemplo no seguimento de Jesus.
Na fé cristã, importa seguir a Jesus e viver o seu Evangelho, mas as pessoas que estão nesse caminho de seguimento servem de incentivo e ajuda. Se formos atentos, perceberemos que “estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas” da prática do Evangelho.
Hoje destacamos uma dessas pessoas: Santo Antônio Gianelli, missionário, fundador do Instituto das Filhas de Maria SS. do Horto. Como no Decreto de sua canonização, ele foi  apresentado como o “Santo do cotidiano”, serve de exemplo para todos nós, pois é no ordinário da vida que professamos nossa fé e vivemos a missão evangelizadora.

A vocês, membros da Família Gianellina, proponho uma reflexão na Festa do nosso Santo. Aproveito ideias de uma grande Gianellina, Madre Antônia Zanin, divulgadas em seu livro “A Pastoral de S. Antônio Gianelli na Diocese de Bobbio, 1838-1846”:

  1. Gianelli tinha a coragem da verdade aliada a uma grande fraternidade pastoral. Recomendava aos missionários que seu falar fosse claro, fácil de compreender, popular, mas digno, ordenado e correto, sempre baseado na Sagrada Doutrina.
  2. Conhecedor das “Obras de misericórdia” sugere alguns gestos concretos de Caridade operativa: saudar as pessoas, falar sem arrogância, não negar um favor, dar um bom conselho e uma ajuda, visitar doentes, socorrer necessitados e pobres, defender caluniados.
  3. Ele dava às palavras um ‘colorido afetivo’: pregava com habilidade e unção, falava com o coração; todos compreendiam o que ele dizia. Não usava palavras rebuscadas na retórica, mas falava com liberdade evangélica. Não improvisava, mas preparava bem o que ia falar ao povo.
  4. Gianelli era um contemplativo na sua ininterrupta ação pastoral. Fazia pastoral com a palavra, o exemplo e os escritos.
  5. Praticava a verdadeira ‘paternidade na fé’: mesmo agindo como juiz, mestre ou pastor, tratava as pessoas como ‘filhos’. A estima e o amor pela pessoa se traduz em atenção constante, delicada e operativa a todas as formas de pobreza e às diferentes formas de promoção humana.
  6. Dizia que fazer bem as ações ordinárias é suficiente para fazer-se santo. É próprio de uma vida evangélica a fidelidade às ações comuns do cotidiano.
  7. Inculcava dois assuntos aos missionários para que falassem ao povo: a misericórdia de Deus e a devoção a Maria. Dizia que o bom missionário não abandona os Jovens, mas os procura até em casa, tenta aproximar-se deles, fazer-se amigo e oferecer-se para instruí-los sobre a vida cristã, até individualmente.
  8. A vivacidade e perspicácia de Gianelli são a prova de que um Santo não renuncia às características positivas de sua natureza humana. Não há Santos reprimidos, ‘embalsamados’ ou ‘colados numa estampa’. A santidade nos faz os mais vivos entre os vivos.
  9. Observando a intensa atividade de Gianelli, constatava-se que “as pessoas mais ocupadas são as que encontram tempo para tudo”.
  10.   Gianelli queria seu povo não apenas ‘ animado de uma grande fé’, mas ‘apóstolo da fé’, como os Magos (cf. Mt 2). Ele mesmo tinha dentro de si um “fogo missionário” que precisava se expandir, por isso foi chamado de “Santo de fogo”.
Sendo “rodeados por uma grande nuvem de testemunhas”, certamente encontramos muitas pessoas que vivem uma espiritualidade parecida com a de Gianelli e de outros Santos e Santas, porque é inspirada no Evangelho e vivida no cotidiano.
Festejando nosso Santo, continuemos trilhando o caminho da santidade, escrevendo uma bela história com a nossa letra, as tintas da misericórdia e o espírito missionário de Gianelli, sempre “de olhos fixos em Jesus”. Assim, estaremos juntos grande Nuvem Gianellina!

Abraços e votos de boa festa!
Neiva Moresco, fmh









3 comentários:

  1. Obrigada, Ir. Neiva! Nosso fogo sempre presente em seus artigos e comentários. Lindos e missionários os pensamentos publicados! Vamos aproveitar.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada por me fazer admirar cada vez mais Santo Antônio Gianelli e querer cda vez mais vivenciar o Carisma: " Caridade evangélica vigilante"

    ResponderExcluir
  3. Obrigada por me fazer admirar cada vez mais Santo Antônio Gianelli e querer cda vez mais vivenciar o Carisma: " Caridade evangélica vigilante"

    ResponderExcluir