quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CHISPAS MARIANAS
na vida e missão de Antonio Gianelli

Alocução de Antônio Gianelli ao Povo de Chiavari (Itália), por ocasião da colocação da primeira pedra da nova fachada do Santuário de Nossa Senhora do Horto - 31/07/1836
Alguns trechos...

É justo que os aplauda e, com um sermão apropriado, embora breve, os anime em seu propósito e, se necessário, os provoque ainda mais.
Lamento que o tempo não me permita um discurso mais digno de vocês e da soleníssima circunstância em que lhes falo. Vocês compreenderão os “apertos do orador” e, tanto vocês aqui, como Maria no céu, receberão com boa vontade a mudança da obra.
Um voto, uma promessa a Maria do Horto! Uma ampla decoração para seu Templo, uma digna fachada que o reavive e que o indique aos que passam. [...]
Não tem fé, não tem sangue, não tem coração de filho de Chiávari aquele que não desejou cumprir logo sua promessa, tão santa em sua intenção e tão maravilhosa em seus efeitos.
Os ânimos generosos aspiram ao ótimo.... E eu não me contento com o simples silêncio ou uma forçada adesão, mas quero ver brilhar, em cada rosto, corações cheios de amor pátrio, amantes do verdadeiro bem público e jubilosos de que se honre a Maria do melhor modo.
A posteridade dirá que tivemos o coração maior do que os meios, os sonhos mais amplos do que as possibilidades.

Antônio Gianelli ao Clero e ao Povo da Cidade e Diocese - 24/11/1844: “Espírito de sincera piedade e de filial devoção a MARIA Santíssima”
Alguns trechos...
Nós, que somos os ínfimos em méritos e em saber, mas talvez não os últimos no desejo de ver honrada Maria, e Maria imaculada em sua concepção, cremos que não devíamos perder tão feliz ocasião de seguir exemplos tão belos. [...]
Meus queridos, isto é o que tanto nos interessava enfatizar, ou seja, que recordem sempre como nosso amorosíssimo Salvador nos deu por Protetora e Advogada, mais ainda, por Mãe, a sua própria Mãe Santíssima e que, por isso, todos devemos professar-lhe a devoção mais sincera, mais terna e verdadeiramente filial... Maria é Mãe de Deus e Mãe nossa grande e amorosa. [...] Mãe do Verbo divino! Esperança dos pecadores, dos desesperados, “porto seguríssimo”...
O que fazer para ser devotos de Maria? Que oferendas? Que obséquios? Que serviço prestar-lhe?
É difícil determinar uma coisa que não está definida pelas Escrituras nem pela Igreja, mas podemos dizer-lhes: [...] Ter a imagem de Maria em todas as casas, em todas as salas, em todas as entradas de suas casas, de suas tendas, de suas oficinas, de seus negócios e até de seus campos... Eu queria que a levassem consigo, pessoalmente, como seus mais preciosos ornamentos ou, ao menos, os mais queridos: escapulários, faixas, medalhas (medalha milagrosa), rosários...
Eu queria que fossem cativados, enamorados e apaixonados por ela, como um Bernardo, um Boaventura, um Ildefonso e tantos outros...
Um verdadeiro, constante e incansável afã de imitá-la sempre em suas virtudes (nisso consiste a melhor devoção!).
Nas suas Festas e Solenidades: preparação com tríduos, septenários, novenas... inscrição em Confrarias... Cantar seus louvores; os que podem, rezar seu Ofício... Rosário (coroa de rosas) em todas as famílias... Maria derramará sobre nós seus favores com mão cheia, nos acolherá sob o manto de sua proteção e nos salvará...
Irão se exercitando em aprender e cantar com a devida devoção e ritmo na Ladainha o versículo “Rainha concebida sem pecado original”, depois do verso “Rainha de Todos os Santos”... (rezar e aguardar a proclamação do dogma, pelo Papa).
Antonio Gianelli, Bispo
Pe. Tiago Gianelli, Secretário