quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Feliz dia da Família Gianellina!

Se eu vivesse... 
Se eu estivesse... 
Se eu pudesse...


SE... SE... SE...

Se eu vivesse na Terra em 2014... teria 225 anos de idade.
Se eu estivesse no mundo, estaria festejando os 185 anos do Instituto que sonhei e fundei, as queridas Filhas de Maria. Ficaria maravilhado ao ver o bem que fazem, concretizando a proposta de HORTO, jardim, lugar que produz vida e beleza.

Se eu andasse pelo Brasil, em julho de 2014, teria me alegrado com a realização da Assembleia pré-capitular em que quinze “Filhas” abraçaram a causa do Carisma e da Missão do Instituto, hoje e no futuro. Teria exultado de alegria ao ver como se organizaram e trabalharam bem, com responsabilidade e leveza; com que seriedade valorizaram o caminho feito pela Província e os trabalhos realizados pelas Comunidades sobre o 18º Capítulo geral.
Se eu andasse por aí, teria ouvido boas notícias também das outras Assembleias que já foram feitas na América Latina e nas demais partes do Instituto.

Se eu vivesse na Terra, estaria torcendo e orando pelo bom êxito, ou melhor, pelos bons frutos do 19º Capítulo geral, que está sendo bem preparado. Pediria a Deus que derramasse bênçãos e luzes sobre todas as pessoas comprometidas com esse evento.

Se eu vivesse na Terra, nesse momento histórico, me sentiria feliz ao ver que o Instituto volta às origens, “fazendo-se tudo para todos” e, agora, dando um salto de qualidade, com foco comunitário: “fazendo-se todas a todos”.

Se eu andasse por aí, daria os parabéns à Família Gianellina, pelo cunho evangélico profético dessa proposta: “Com ALEGRIA...” Ah! Como eu gostaria de viver nesse mundo para dizer-lhes que talvez isso – a ALEGRIA, consequência do seguimento de Jesus – seja o ponto diferencial na missão das “Filhas de Maria”, nos tempos atuais.

Se eu vivesse na Terra, visitaria cada Grupo Gianellino, escutaria com gosto a partilha de suas experiências de espiritualidade e solidariedade, rezaria junto e faria algumas propostas missionárias.

Se eu andasse nesse mundo de Deus, reuniria as Irmãs e muitos leigos e leigas para que me contassem o que é a chamada “Família Gianellina, quem faz parte dela, como funciona, que programação desenvolve, que frutos de vida produz...

Se eu me encontrasse com as Irmãs referentes da Família Gianellina, as incentivaria a criarem muitos outros grupos de pessoas tocadas pela Caridade evangélica vigilante.

Se eu pudesse entrar nas Casas de Irmãs anciãs, diria a cada uma delas: façam de tudo para que, ao final de sua peregrinação terrena, “a morte as encontre vivas”! Lembraria a todas que aparecem os limites da idade, da saúde, das forças físicas, das condições mentais... mas a missão evangelizadora é sem limites: podem continuar “santificando-se, fazendo o bem”. E às suas cuidadoras, diria: obrigado pelo generoso serviço à vida que vocês fazem vinte e quatro horas por dia! Cuidem-se para bem cuidar!

Não estou mais nessa Terra... já passei por esse mundo, durante 57 anos... Celebrei  168 anos da minha morte... Celebro, mais que tudo, as boas sementes de evangelho que vocês recolheram e continuam semeando, fazendo florescer e frutificar! De onde estou, posso contemplar feliz os inúmeros “hortos de Maria” que já surgiram e outros tantos que surgirão...

Não estou vivo na Terra, mas fiquei sabendo que muitas pessoas realizam ações missionárias em favor da vida dos mais empobrecidos. Disseram-me que se chamam “Amigos e Amigas de Gianelli”. Então, posso dizer que continuo vivo! Continuo em comunhão com vocês... e o Instituto das Filhas de Maria” continuará cada dia mais VIVO, fazendo VIVER!

Posso dizer que, mesmo não estando na Terra, faço meus giros por aí, alegrando-me com as maravilhas que vocês fazem e distribuindo bênçãos!

Bendigo a Deus porque eu não estou mais na Terra, mas vocês estão!

“Catarina, Clara e as outras” mandam lembranças!

Termino esta conversa com meu abraço e as mesmas palavras que escrevi há 178 anos, ao finalizar uma carta no dia 29 de fevereiro de 1836:  “Adeus em Deus!”